20 de maio de 2015

A "costurar" sorrisos





O projecto de ajudarmos a criar uma oficina de costura no orfanato dos rapazes em Bissalanca, já está a ser costurado pelo menos desde 2012.
Mas foi em 2009, quando cheguei pela primeira vez à Guiné-Bissau, que me deparei com a realidade dos homens alfaiates de rua.
Achei tão interessante que resolvi ir ao mercado do Bandim, um dos maiores da áfrica subsariana, comprar muitos metros de tecidos coloridos para serem transformados em lindos vestidos. Surgia assim a primeira parceria com o rapaz alfaiate do bairro de Hafia, o bairro onde está situado o orfanato. Ele costurava os vestidos, eu vendia-os em Portugal e o dinheiro das vendas era enviado para o orfanato.

"Na Guiné-Bissau quem costura são os homens. Uma tradição que passa de geração em geração. Conheci um rapaz que com pedaços de tecidos fazia arte. Na sua tabanca e com um pequeno gerador que lhe fornecia a energia para pôr a máquina de costura a trabalhar, chamava a atenção de todas as mulheres que por lá passavam enchendo a aldeia de mil cores. Nos tecidos africanos cada padrão conta uma história. As mulheres quando os usam estão a passar uma mensagem. Estes vestidos também passam a sua mensagem, a da solidariedade."




Uma das maiores preocupações do orfanato Casa Emanuel, é que as suas crianças tenham um futuro. Para isso, a escola do orfanato, faz diariamente um enorme esforço para que lhes sejam transmitidos todos os conhecimentos possíveis para que no futuro possam ter um trabalho ou exercer uma profissão no seu país, um dos mais pobres do mundo.
E, juntando estes fatores, nasceu a tal ideia de criar uma oficina/escola de costura no orfanato dos rapazes para que estes possam aprender a arte de costurar e no futuro, se quiserem, exercê-la como profissão.
A ONGD Coração Sem Fronteiras e os seus parceiros e voluntários uniram esforços e mais uma vez o projeto vai poder concretizar-se.
A caminho da Guiné-Bissau vão dezenas de máquinas de costura e material eléctrico para montar a tão desejada oficina.



25 de abril de 2015

O dia em que me apaixonei...




































Faz exactamente hoje 6 anos que me apaixonei por uma terra que nunca tinha pisado, pessoas que nunca tinha visto e por centenas de crianças de abraços sinceros, sorrisos doces e olhos brilhantes.
Impossível não me apaixonar...
Parece que foi ontem que as vi pela primeira vez.
Quando entrei pelos grandes portões vermelhos do orfanato senti de imediato um calor humano tão grande, um amor tão imenso e tanta generosidade que este dia marcou para sempre a minha vida.
Destas centenas de sorrisos é certo que nunca me vou esquecer.
Fizeram de mim uma pessoa muito melhor.
O meu amor e gratidão por elas não tem fim.


23 de janeiro de 2015

Generosidade sem idade





Para ajudar basta ter vontade!
Não importa a idade, como ou quando. Vamos sempre a tempo de tomar a iniciativa de ajudar alguém.

E a prova está neste vídeo de uma menina chamada Carolina. A Carolina tem 16 anos e ao ter conhecimento na internet, do trabalho realizado por nós para ajudar as crianças da Guiné-Bissau, decidiu que queria ajudar também.

O vídeo realizado por ela pretende alertar para a importância do apadrinhamento à distância e do apadrinhamento de partos num país tão carenciado de tudo.

Façam como a Carolina e ajudem-nos a ajudar!

Projeto "Padrinhos sem Fronteiras" 

Podes ver o video aqui ;)


Obrigada Carolina!!!

28 de novembro de 2014

Ser voluntário = amar sem fronteiras


"Ser voluntário é regar todos os dias pequenos seres para que consigam ter a capacidadde de semear brincadeiras e florir sorrisos.
Ser voluntário é ser uma torrada quente que salta todos os dias numa linda manhã para alimentar quem mais necessita. 
É fantasiar com um mundo feliz e alegre para evitar medos e receios e assim criar a felicidade.
É mostrar que voar, pular, brincar e ajudar é importante.
É partilhar um coração com muitos outros mais pequeninos.
É despertar o bom que há em nós e nos outros, é ajudar e ser ajudado, é estar presente, dedicar e aprender.
Ser voluntário é ser responsável, interessado e corajoso, é ter sentimentos e partilhá-los.
É demonstrar que se pode ter valor e ser um diamante no bolso dos outros, é ser bondoso sem esperar receber nada em troca, é sentir-se útil.
Ser voluntário é ter alguém com quem falar e ajudar, é uma maneira de relativizar os próprios problemas e dar atenção a outros mais graves.
É tentar dar o dia de hoje e o amanhã.
É mostrar que quem espera sempre alcança, é nunca perder a esperança de sonhar com um final feliz."

10 de outubro de 2014

De volta a "casa"...



São muitas as crianças que depois de abandonadas pelas famílias, muitos anos depois, são obrigadas a regressar a casa. Um local onde já não pertencem, que nada lhes diz e que um dia, quase à nascença, lhes foi negado.
Na Guiné-Bissau existe uma enorme taxa de abandono de bebés.
As mães, ainda crianças quando dão à luz, acabam por morrer nos partos e as famílias acreditam que os recém nascidos carregam consigo a maldição de um Irã (espírito mau).
Muitas delas são deixadas no mato ou na praia, literalmente a morrer. Muitas outras são entregues no orfanato Casa Emanuel. Um "oásis" no meio de tanta desumanidade. Um cantinho muito especial onde vivi quase 3 meses e que ao longo dos últimos 6 anos tenho partilhado aqui no meu blogue.
Pois esses meninos e meninas aqui vão crescendo, estudando e aprendendo a ser uma família, diferente sim, mas onde não falta amor. 
A missão deste orfanato é proporcionar-lhes uma vida digna, amor, acesso à educação, uma alimentação saudável, cuidados médicos e quem sabe um futuro diferente no seio de uma família, através da adopção.
Enquanto isso não acontece o papel dos padrinhos à distância vai sendo crucial e essencial. As crianças sentem-se assim acarinhadas e o orfanato recebe a ajuda financeira de que tanto necessita.
O problema surge mais tarde... quando os pais ou outros familiares resolvem aparecer e retirar abruptamente as crianças do orfanato e levá-las consigo para uma casa que nunca lhes pertenceu.
Tenho em mim a convicção de que o interesse destes é pô-las a trabalhar para eles e não, devolver-lhes a dignidade e o amor.
Isto acontece pois o orfanato legalmente não tem o poder total sobre as suas vidas e por isso não consegue impedir que tal aconteça.
Hoje foi um dia triste. 
Soube que o meu querido amigo Fundam, um menino super meigo, sorridente, com uma veia artística fora do comum, foi levado para a aldeia dele. Foi retirado da família que o acolheu de pequenino, quando os seus não o queriam.

28 de julho de 2014

Apadrinhar, porque sim?!





A equipa da ONGD Coração Sem Fronteiras trabalha incansavelmente para que estas crianças possam ter uma vida muito mais colorida e um futuro mais risonho e recheado de amor e de esperança.
Connosco, pode ajudar a melhorar as condições de vida das crianças da Guiné-Bissau, apadrinhando em duas modalidades:
- Com 20€ (mensais) o apadrinhamento à distância de uma das crianças órfãs da Associação Casa Emanuel;
- Com 40€ (por parto) o apadrinhamento do nascimento de uma criança na maternidade do Hospital Comunitário Emanuel.
O apadrinhamento à distância e o apadrinhamento de um nascimento são formas de possibilitar o acesso destas meninas e meninos à escola, a uma alimentação mais cuidada e aos cuidados básicos de saúde.
Mas apadrinhar é também criar laços e transmitir afectos mesmo que à distância de uma carta ou fotografia.
Por isso, quem ainda não sentiu a experiência de ser um Padrinho Sem Fronteiras apelamos para que arrisque nesta fantástica e gratificante "aventura".
A todos os que o fizeram agradecemos do fundo do coração e desafiamos que nos escrevam a contar a vossa experiência para que possa servir de inspiração a todos nós.

Obrigada,
Equipa do "Coração Sem Fronteiras"

18 de junho de 2014

"O Nosso Mundo É Humano" - HELPO




Coração Sem Fronteiras - ONGD e a HELPO ONGD juntaram-se numa parceria para ajudar as crianças da Guiné-Bissau. 
Quem quiser doar roupas para recém-nascidos e medicamentos pode fazê-lo até dia 23 de Junho, na loja da Helpo do PORTO, que fica na Estação de S.Bento!!!