22 de abril de 2012

Na cozinha com a Djenabo


Hoje acordei com saudades das cores, dos cheiros e dos sabores da Guiné-Bissau.
E como é das coisas mais simples que tiro os maiores prazeres e das quais nunca me esqueço, acreditem que dava tudo para ter no meu pequeno-almoço o pão do orfanato e o leite em pó que todos os dias tomava no comedor (casa que vêm na fotografia) ao som dos imensos e exóticos barulhos dos pássaros e de outros animais.
Todos os dias por volta das 7h da manhã, para fugir do calor intenso, era aqui que começava o meu dia e que ia buscar energias para enfrentar tudo o que viria pela frente.
Ao mesmo tempo e no refeitório ao lado, chegavam as primeiras crianças que alegremente agradeciam e abençoavam a cantar a sua primeira refeição do dia.
Para mim que adoro madrugar este foi sempre o ritual que mais prazer me deu.
A esta hora as vozes dos mais pequeninos eram música para os meus ouvidos.
Mas do que eu gostava mesmo, e não é conversa de quem está longe e nostálgica, era do arroz com feijão que a Djenabo (na foto) cozinhava todos os dias sem excepção.
Para além da simpatia, generosidade e do sorriso constante, a Djenabo tinha o dom de cozinhar coisas simples mas saborosas e que ao contrário do que era de esperar, me fizeram voltar da Guiné com alguns quilos a mais.
A juntar a tudo isto, e como o filho da Djenabo tinha um negócio de frutas, por vezes era presenteada com as mais doces e maravilhosas mangas que alguma vez imaginei que pudesse vir a experimentar.

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