Já regressei da Guiné-Bissau, da minha "missão" como voluntária no orfanato Casa Emanuel, mas o meu coração ainda não...
E não sei se algum dia regressará definitivamente porque na verdade, tal como escrevi quando iniciei este blogue, África e o seu povo têm algo que nos prende e que é difícil explicar por palavras.
Todos os momentos que vivi no orfanato foram especiais e marcantes.
Todas as 150 crianças com quem vivi e convivi durante dois meses e meio, os seus nomes, sorrisos, tropelias (próprias da idade) ficaram gravados na minha memória.
Uns mais do que outros pois como em tudo na vida o nosso coração pende sempre mais para um certo lado.
O sorriso da Cumba, a meiguiçe da Milagre, os beijinhos da Djadja, o mimo da Madona, as brincadeiras da Esther, a ternura da Ananoti, a voz da Assanatu, o riso da Anaísa e da Rute, as danças da Sara, a energia do Gabriel, os lindos desenhos do Anicete, o carinho do Filipe, as tropelias do David, do Júnior e do Admir, a personalidade e força de vontade do Gil, a voz doce da Mariama quando canta, a doçura dos abraços do Barnabé e do Paulo, as conversas com a Elieth e a paciência e arte que teve para trançar os meus cabelos.
Sinto que sou uma privilegiada por ter podido viver uma experiência como esta e por ter visto sorrir muitas daquelas crianças que pouco ou nada têm.
A maioria delas tem uma história de vida ainda curta e que nenhum de nós gostaria de ter tido mas mesmo assim brincam, sorriem e sonham!
E é para que elas possam continuar a brincar, sorrir e sonhar que vos lanço um desafio: porque não apadrinharem uma delas enviando uma quantia mensal para o orfanato, e assim contribuirem para pagar a sua alimentação, saúde e educação?
Garanto que este gesto pode fazer toda a diferença na vida das crianças da Casa Emanuel, uma instituição que faz um trabalho maravilhoso mas que depende das ajudas externas, dos donativos e do trabalho voluntário.
Para obterem mais informações sobre o apadrinhamento: