30 de dezembro de 2011

Desporto chega às crianças da Guiné


No âmbito do projeto "Uma Raqueta por um Sorriso" os alunos da Academia de Ténis Cayolla, do Porto, vão ajudar a nossa ONGD e contribuir com algum material desportivo para enviarmos para as crianças e jovens da Federação de Ténis da Guiné-Bissau. A ideia é fomentar o desporto e melhorar as suas condições de vida. O desporto infantil é muito importante e pode fazer a diferença no desenvolvimento do seu bem-estar. Acreditamos que o desporto pode ser uma ferramenta de inclusão e um importante instrumento para tirar as crianças da rua e dar-lhes uma oportunidade de garantirem um futuro melhor. Faz como eles e ajuda-nos também a levar o desporto até estas crianças tão carenciadas. Precisamos de raquetas, bolas de ténis, bonés, t-shirts e calções. Recebemos os donativos no nosso armazém na Amadora.

22 de dezembro de 2011

Natal = Amor


O Natal chegou!
Com ele novas esperanças, novos sonhos, mais amor.
Que este amor possa florescer em todos os cantos do Mundo.
Que o amor oferecido este Natal seja mais que muito...

7 de dezembro de 2011

22 de novembro de 2011

Jasmin ajuda crianças da Guiné-Bissau





É já no próximo Sábado, dia 26 de Novembro, que a Jasmin vai lançar o seu novo álbum "Look to the Horizon".
Este é um álbum muito especial, com muita qualidade e com a participação de excelentes músicos: João Medeiros, Bruno Duro, Vicky Marques, Ben Monteiro e Simon Wadsworth.
Este álbum é especial pois para além de passar mensagens de amor, esperança e de fé, tem uma vertente solidária e muito humana.
A Jasmin vai doar 10% do valor da venda de cada CD ao Orfanato onde vivi durante quase 3 meses, a Casa Emanuel na Guiné-Bissau.
O lançamento vai ser na loja da Quicksilver Boardriders na Ericeira às 17h30.
Apareçam para um pôr-do-sol com chá e bolachas ao som da voz doce da Jasmin Jones.
Contribuam para o sorriso de muitas crianças!!

21 de outubro de 2011

Casa Emanuel


Saudades da Guiné-Bissau, dos bons amigos/as que lá deixei, da sala de Artes da escola comunitária, dos meus queridos alunos, das muitas horas que passamos a dar "asas" à imaginação.
Dos intervalos a comer mangas à sombra dos cajueiros, da brisa quente a entrar de fininho pelas grades das janelas, das brincadeiras e danças no jamberém, dos passeios pelo bairro de Afia e das aventuras com as crianças pelas ruas movimentadas de Bissau.
Saudades de comer gelados no Lenox, do cheirinho do Caldo de Mancarra da Djenabu, da jabuticaba fresquinha ao fim da tarde, do cheirinho a panquecas feitas pelo Gil, de acordar às 7h da manhã ao som das canções das crianças do orfanato, de ler um livro à luz da vela, do pôr-do-sol em Quinhamel...
Saudades da falta de tudo e da falta de nada.
Saudades das coisas mais simples da vida...

Saudadi di bo*  aí na Casa Emanuel


16 de outubro de 2011

Jasmin Jones com a Guiné no coração




Para além de linda e de ter o dom de cantar e tocar, a Jasmin tem um enorme coração!
No dia em que a conheci senti isso e a empatia foi imediata.
Não é todos os dias que pessoas especiais cruzam os nossos caminhos.
Acredito mesmo que o nosso encontro e a nossa amizade foram e são abençoados.
Logo na nossa primeira conversa sobre as crianças da Guiné-Bissau, a Jasmin decidiu que iria contribuir para as fazer sorrir um pouco mais.
Dito e feito!!!
10% do valor das vendas do seu novo disco vão reverter a favor das crianças do Orfanato Casa Emanuel na Guiné-Bissau.
Mais informações sobre o trabalho da Jasmin em www.jasminjones.com



Obrigada Jas*

God bless you my sweet friend!!!!!

20 de setembro de 2011

A Escola do orfanato












Começaram finalmente as aulas na Escola Comunitária do Orfanato Casa Emanuel.
Esta escola, que como o próprio nome diz pertence ao orfanato, não só recebe as crianças que nele vivem mas também mais de 300 crianças dos bairros existentes à sua volta.
Crianças do Bairro de Afia, do Bairro Militar e de muitos outros, fazem quilómetros a pé, por estradas de terra vermelha e buracos, debaixo de um sol intenso ou de uma chuva imensa, só para poderem ir à escola.
Aqui elas têm a oportunidade de aprender, brincar e também de se alimentar.
Para muitas destas crianças a refeição de arroz com feijão que a escola lhes dá é a única que vão poder comer durante todo o dia.
Nas suas casas os alimentos escasseiam e por isso elas apenas contam com esta ajuda preciosa da escola.
A escola é sinónimo de alegria, esperança, conforto...
Os seus grandes portões vermelhos fazem bem a separação dos dois "mundos". A dura realidade lá de fora e a que se encontra ao atravessarmos para o lado de dentro.
Graças às muitas ajudas da comunidade internacional este é hoje em dia um local lindo para se estudar.
Por entre as muitas árvores e jardins, as pinturas africanas nas suas paredes tornam este local num cantinho mágico cheio de cor. As salas já vão tendo janelas, mesas e cadeiras, a sala de música já tem mais instrumentos e até alguns computadores já funcionam graças aos geradores.
Eu tive o grande privilégio de lá dar aulas durante quase 3 meses.
Passaram por mim centenas de crianças, com diferentes histórias de vida, com doenças complicadas, algumas orfãs de mãe ou de pai, mas todas com um sorriso marcante e inesquecível.
Recordo todas, uma por uma sem excepção e dou graças a Deus por terem a oportunidade de pisar o chão desta escola cheia de gente maravilhosa.

25 de agosto de 2011

Nascer gémeo, uma dura realidade ou uma benção...


                                   
© UNICEF/Giacomo Pirozzi http://www.unicef.org/

Agosto é um mês muito especial para mim.
Para além de ser o mês do meu aniversário é também o da minha irmã Susana.
Somos gémeas e por isso partilhamos a alegria de termos nascido no mesmo dia com apenas 5 minutos de diferença.
No entanto, desde que tive conhecimento da realidade da Guiné-Bissau, passei a encarar o facto de ser gémea de forma diferente.
Na Guiné os gémeos são quase sempre sacrificados... ou pelo menos um dos bebés, normalmente o mais fraco.
Quando alguma criança nasce com uma deformação física marcante, albina ou quando nascem gémeos, os familiares, sobretudo pertencentes à família da mãe, costumam duvidar de que se trate verdadeiramente de uma pessoa.

Para as diferentes etnias guineenses para se adquirir o estatuto de pessoa, não basta alguém ter nascido vivo de um ventre humano.
Nestes casos o ser que nasce com características humanas pode tratar-se de um mau espírito, de um "ucó", que se apoderou da mãe e que, caso não seja afastado, poderá causar-lhe a morte ou continuar a afectá-la em futuras gestações.

Por causa de crenças como esta, são muitos os gémeos que ao nascerem passam por terríveis provas tradicionais, tais como o abandono junto ao mar para verem se sobrevivem às marés ou são mesmo deixados abandonados no meio do mato.
Em Bissau, no orfanato onde vivi, os gémeos eram mais que muitos... Desde o primeiro dia senti-me mais próxima de todos eles, quase como se tratasse de uma causa minha.
Espero que esta realidade mude rapidamente mas sei que para isso as mentalidades têm que mudar também.

2 de agosto de 2011

Princesas à distância de um abraço



Saudades destas princesas e de muitas outras das quais me despedi, com uma lágrima no canto do olho, em Junho de 2009 quando deixei para trás a Guiné-Bissau.
Apesar da distância geográfica, todas elas estão no meu coração e pensamento quase diariamente.
A Ana, a Hadassa e a Carolina, abracei-as há 2 meses atrás num feliz encontro em Lisboa.
A Cumba, a Sara, a Milagre, a Anaísa, a Samira, a Djadja, e todas as outras meninas que vivem no orfanato Casa Emanuel, só poderei voltar a abraçá-las quando lá regressar.
Desejo que esse encontro "adiado" esteja para breve.