Depois de ter escrito um conto infantil, o qual surgiu de uma inspiração espontânea e quase inexplicável após o meu regresso da Guiné-Bissau, lembrei-me que seria muito giro se as crianças do orfanato e da escola comunitária do Bairro de Hafia onde vivi e dei aulas, pudessem também participar nele.
Fazia todo o sentido pois foram elas que me inspiraram e foi para elas que o escrevi.
Com a ajuda e a boa vontade da professora e minha amiga Rose, que na altura era a diretora da escola, consegui fazer chegar a minha história a quase todas as salas de aula dos diversos anos e a dezenas de meninas e meninos.
Sabia que a Rose, que trabalhava como missionária há mais de 14 anos na Guiné-Bissau, (hoje vive como missionária no Senegal) tinha a sensibilidade necessária para perceber como era importante criar este intercâmbio e que iria fazê-lo com toda a dedicação e amor.
E assim foi, o meu texto passou de sala em sala, e durante algumas semanas foi lido pelos professores e alunos durante as aulas de português e posteriormente transformado em desenhos nas aulas de trabalhos manuais.
Surgiram assim muitos desenhos cheios de cor, pequenas ilustrações que vieram dar mais sentido a tudo o que escrevi.
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