10 de outubro de 2010

A Esther





Num mundo tão sem valores e virado para o seu próprio umbigo, qualquer manifestação de solidariedade ainda me deixa comovida.
O que é uma sensação estranha pois considero que seja algo que deveria fazer parte das nossas vidas... de todos os dias.
Até porque, "solidariedade não é dar o que nos sobra, é dividir o que temos".
Um sorriso, por exemplo... um abraço apertado.
A Esther fez-me sorrir muitas vezes e sem saber ajudou-me a ser mais forte e a ultrapassar alguns obstáculos.
Solidariedade para mim é isto mesmo. 
É dar o que temos, é estarmos atentos a quem está ao nosso lado, é entregarmo-nos de alma e coração sem pedirmos nada em troca, é a comunhão de sentimentos.
Esta é a Esther, a menina que me escreveu a carta.
Não me vou esquecer dela nem de todas as outras crianças do orfanato. Nunca.
Foi com as crianças da Guiné que cresci mais um bocadinho e que também deixei de olhar tanto para o meu próprio umbigo.
Foi com elas que aprendi a dar amor e afecto, assim... como quem diz: "Olá!"

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