14 de abril de 2012

Felipe e o homem aranha



Ontem à noite tive a felicidade de falar com o Felipe, um dos rapazes da Casa Emanuel, filho adoptivo da Mami, uma das suas directoras.
Tão bom perceber como a ingenuidade das crianças leva-as a não perceber as barbaridades que se passam mesmo ali ao lado, fora dos portões do orfanato.
O Felipe tem um irmão gémeo, tal como eu, e falávamos muitas vezes sobre esta coincidência.
Quando estive na Guiné o Felipe era ainda um menino, tão doce e tão meigo que eu fazia questão de lhe dar umas aulas especiais só para ele poder desenhar.
Ora estava na sala de aulas ora do lado de fora, à janela, a espreitar para dentro, com a curiosidade de quem tem ainda muito para aprender.
E sempre a sorrir...
Eu adorava estar com ele e ouvir as suas histórias e sonhos.
O desenho era uma das suas grandes paixões, a outra era o homem aranha.
E 3 anos depois o Felipe já não é um menino mas continua meigo, a adorar desenhar e fã incondicional do mesmo personagem de banda desenhada.
Ontem confessou-me que tem uma surpresa para mim e que a vai guardar até eu a ir buscar.
Encheu-me o coração e mesmo à distância mimou-me, como sempre fazia.
So sweet!

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